sábado, 28 de setembro de 2013

O Retorno



O caminho de volta 

Já estou voltando. Só tenho 37 anos e já estou fazendo o caminho de volta. Até o ano passado eu ainda estava indo. Indo morar no apartamento mais alto do prédio mais alto do bairro mais nobre. Indo comprar o carro do ano, a bolsa de marca, a roupa da moda.

Claro que para isso, durante o caminho de ida, eu fazia hora extra, fazia serão, fazia dos fins de semana eternas segundas-feiras. Até que um dia, meu filho quase chamou a babá de mãe!

Mas, com quase quarenta, eu estava chegando lá. Onde mesmo? No que ninguém conseguiu responder, eu imaginei que quando chegasse lá ia ter uma placa com a palavra "fim". Antes dela, avistei a placa de "retorno" e nela mesmo dei meia volta.

Comprei uma casa no campo (maneira chique de falar, mas ela é no meio do mato mesmo). É longe que só a gota serena. Longe do prédio mais alto, do bairro mais chique, do carro mais novo, da hora extra, da babá quase mãe.

Agora tenho menos dinheiro e mais filho. Menos marca e mais tempo. E não é que meus pais (que quando eu morava no bairro nobre me visitaram quatro vezes em quatro anos), agora vêm pra cá todo fim de semana? E meu filho anda de bicicleta, eu rego as plantas e meu marido descobriu que gosta de cozinhar (principalmente quando os ingredientes vêm da horta que ele mesmo plantou).

Por aqui, quando chove, a Internet não chega. Fico torcendo que chova, porque é quando meu filho, espontaneamente (por falta do que fazer mesmo) abre um livro e, pasmem, lê. E no que alguém diz "a internet voltou!" já é tarde demais porque o livro já está melhor que o Facebook, o Twitter e o Orkut juntos.

Aqui se chama "aldeia" e tal qual uma aldeia indígena, vira e mexe eu faço a dança da chuva, o chá com a planta, a rede de cama. No São João, assamos milho na fogueira. Aos domingos, converso com os vizinhos. Nas segundas, vou trabalhar, contando as horas para voltar.

Aí eu me lembro da placa "retorno" e acho que nela deveria ter um subtítulo que diz assim: "retorno – última chance de você salvar sua vida!" Você provavelmente ainda está indo. Não é culpa sua. É culpa do comercial que disse: "Compre um e leve dois". Nós, da banda de cá, esperamos sua visita. Porque sim, mais dia menos dia, você também vai querer fazer o caminho de volta.

Téta Barbosa é jornalista, publicitária e mora no Recife.
Enviada por: Suelen Caroline Block

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Imun/idade baixa

A ultima vez que tive Imun/idade baixa foi a 2 anos e 7 meses atras. Fiquei internada por 10 dias com perigo de morte devido a um abcesso no rosto que espalhou e que estava atingindo meu coração. Foi exatamente uns 10 dias depois de ter saído da casa do meu ex marido.

Bom agora não foi grave assim mas, semestre passado tive pneumonia, esse semestre herpes labial mais sinusite com febre e até visão turva (acho que foi a minha primeira sinusite ).

Eu sei o que acontece comigo, sei o porque dessa Imun/idade baixa.

Então eu digo: Eu me cuido tomo água morna com limão e chá verde em jejum todo o santo dia a uns 10 anos. Como de tudo inclusive Chia, aveia,salsinha e agora introduzirei gengibre.

Quero estar bem pra cuidar dos meus 3 filhos, trabalhar, sair pra passear e arrumar um namorado.

Quero que as suas loucuras não me afetem mais, que você assuma a decisão que tomou...porque...

SER MADURO NÃO É SOMENTE TOMAR DECISÕES, É SABER LIDAR COM AS DECISÕES QUE TOMOU.